Uma trajetória passa por gerações. A história entre as estradas e Vanderlei Luiz Bonato, mais conhecido como Dedé, começou ainda menino, quando a brincadeira preferida era o volante do caminhão de seu pai. Sonhando em se tornar caminhoneiro, o garoto, de tanto brincar, aprendeu a dirigir o veículo sozinho, dentro do pátio da sua casa.
Depois de muita prática, Dedé começou a fazer entregas de bananas em Campo Largo, Paraná, cidade em que cresceu. Aos 18 anos, tirou sua primeira habilitação e se alistou ao serviço militar. Lá, o destino seguiu seu caminho: Vanderlei serviu como motorista da corporação. “Aprendi muitas coisas e ganhei experiência, ,mas a vontade mesmo era de sair e ir logo para a estrada”, conta.
Ao voltar, continuou com o transporte de bananas com o caminhão do seu pai, fazendo o trecho de Santa Catarina para Campo Largo.
Os anos se passaram, assim como muitos caminhões que Dedé conheceu. Em 1996, foi apresentado à “Gincana do Caminhoneiro”, se classificando para a final já em sua primeira participação.
Dois anos depois, em 1998, um acidente de moto quase fez Vanderlei perder o movimento do braço. Foram necessárias muitas sessões de fisioterapia combinadas à determinação e força de vontade para sua vida voltar ao normal.
Persistente, Dedé voltou à Gincana em 2004. Por precaução, optou por fazer as provas aenas com uma mão, devido ao acidente. Com seu talento inegável, conseguiu se classificar para as finais e competir de igual para igual. Infelizmente, o prêmio não veio. Mesmo assim, esse dia ficou marcado em sua memória como uma forma de superação pessoal.
Aos colegas, Dedé deixa uma mensagem: “Por mais difícil que pareça a vitória virá”.