Qual o impacto do Covid-19 no transporte rodoviário?

O transporte rodoviário é um dos segmentos mais essenciais da sociedade, já que é encarregado de viabilizar a condução de todo dia de carga pelo Brasil. Como já falamos por aqui, os profissionais do setor formam uma das categorias que se manteve ativa desde o começo da crise, garantindo o abastecimento do país. Mesmo assim, isso não é necessariamente sinônimo de saldo positivo nesse período.

A Confederação Nacional de Transporte (CNT) divulgou na última quarta-feira (07) uma pesquisa realizada com mais de 500 empresas sobre o impacto da Covid-19 no transporte. Reunimos aqui os principais tópicos apontados como resultado, destacando as dificuldades do setor – que ainda mantém uma boa perspectiva em alguns casos.

As principais queixas se referem ao aumento de dívidas, redução de demanda, redução de faturamento e críticas às medidas adotadas pelo Governo Federal. Entre os dados, alarma o de empresas que acreditam que irão fechar em 2021: 42,3%. Confira os tópicos:

• 46,1% apontaram que tiveram um aumento do endividamento em março de 2021, comparado com o mesmo período de anos anteriores;
• 42,0% apontaram queda na capacidade de pagamento;
• 54,2% apontaram redução de demanda. 17,4% apontaram aumento na demanda;
• 55,7% tiveram redução no faturamento. 16,7% tiveram aumento no faturamento;
• 35,8% solicitaram crédito em 2021, por conta da pandemia; e, dessas empresas solicitantes, 27,6% tiveram o acesso negado pelas instituições financeiras;
• 42,3% das empresas respondentes acreditam que vão fechar o ano de 2021 com prejuízo;
• 28,7% já adotaram demissões em 2021, por conta dos impactos da pandemia; sendo que mais da metade (53,6%) dessas empresas que já demitiram acreditam ter que continuar com os desligamentos nos próximos três meses;
• 49,5% das empresas respondentes avaliam como ruim ou péssima a atuação do governo federal no apoio às transportadoras durante a pandemia;
• Dentre as principais medidas que deveriam ser priorizadas pelo governo federal, a vacinação em massa da população para combate ao novo coronavírus (76,8%) e a disponibilização de linhas especiais de crédito, com juros reduzidos e carência estendida para empresas de todos os portes (47,8%), foram as mais citadas;
• Ainda assim, 41,6% avaliam a situação atual de suas empresas como satisfatória. Os transportadores acreditam que essa situação não vai mudar nos próximos seis meses (46,8%) ou poderá melhorar (24,9%).

A pesquisa completa está disponível no site da CNT.